19 de dezembro de 2015

Amén

O que dizer de uma seita chamada A Igreja do Monstro de Espaguete Voador?
Parece brincadeira, mas não, é de verdade mesmo.

Como diz O Globo, a seita macarrônica nasceu nos EUA como uma resposta ao governo de George W. Bush, que proibia o ensino da teoria da evolução nas escolas públicas
O Globo ainda diz que a controvertida igreja, também conhecida como Pastafari, é um movimento social que promove uma visão mais leve da religião e se opõe ao ensino do criacionismo nas escolas públicas.

O fiel Niko Alm já tinha tido reconhecido do governo da Áustria, em 2011, o direito de endossar um escorredor de macarrão na cabeça na foto da sua carteira de motorista, e agora em dezembro de 2015 o governo da Nova Zelândia conferiu autorização à igreja para realizar casamentos.

Haha, sensacional, né?!
Demorou demais para alguém aqui no Brasil ter a ideia de fundar uma religião para a catuaba ou a cachaça.

Mussum poderia ser o equivalente a um patriarca.
Copinho de shot ou garrafa poderia se tornar símbolo religioso.

Cerimônias como nascimento (onde os genitores e convidados comemoram), batismo - que seria unificado com primeira cumunhão (somente para 18+), casamento, divórcio, extremunção e velório seriam muito melhores, haha.

Queria ver como, por exemplo, os cristãos iam se comportar quando um fiel estivesse pregando a fé da catuaba ou da cachaça, sabe, o tal respeito à fé religiosa...

Sem falar na prosperidade de tal religião, primeiro por conta do grande número de novos fiéis, e claro, por conta de todas as isenções fiscais e benefícios financeiros destinados às religiões.

Brincadeiras à parte, a superação do esquema em que se baseia todas as grandes religiões do mundo hoje, isto é, dogmas + poder temporal, pode sim ser iniciada por dentro!
A criação de uma nova religião, humanista, pacifista e encarando a própria ciência como deus, serviria para garantir o ensino da evolução nas escolas e a formação de sujeitos ao mesmo tempo espiritualizados (ou seja, não discriminados pelos religiosos fundamentalistas por conta do tal ateísmo "maligno") e dotados de pensamento crítico, o que só pode ajudar rumo a uma futura sociedade melhor; e proporcionaria também um novo nível de alcance da ciência em nossa sociedade hoje mesmo - um alcance muito maior, com projetos muito maiores, mais numerosos e financeiramente muito mais fortes, não apenas por conta da opinião pública, mas também por conta das isenções fiscais e benefícios financeiros que as religiões desfrutam, proporcionando resultados impressionantes, inovando e levando a humanidade a novos patamares de conhecimento e bem-estar, congregando milhões e milhões de pessoas que hoje se perguntam sobre as incoerências e intransigências das religiões, pessoas que sonham com um mundo melhor, mas que não conseguem deixar para trás o medo e a culpa, embutidos pelos dogmas religiosos.

Para uma religião cujo templo máximo seja por exemplo o CERN (ao invés do vaticano etc), cujo requisito para ministrar seja o estudo da natureza, da existência, da realidade e do universo ou a pesquisa científica com valores humanistas, cuja organização automaticamente previna a possibilidade de exercício de poder temporal - respeitando a laicidade do estado - e de enriquecimento ilícito de seus ministros, cujos dogmas sejam o amor, a justiça e o respeito a todos os seres humanos, ao meio-ambiente e o método científico, eu diria amén!