Liguei o Netflix pra ver se tinha algo novo, algo de bom; fui na seção "adicionados recentemente" e no meio das baboseiras usuais (blockbusters...) tinha um documentário chamado Living On One Dollar (o subtítulo do filme é "56 dias, 56 dólares, como você sobrevive?").
Acabei de assistir agora; o filme me deixou arrepiado, emocionado.
Dois norte-americanos - um de Nova Iorque e outro de Seattle - que cresceram em famílias de classe média e se tornaram amigos na faculdade, de tanto conversarem sobre a situação precária dos mais de 1,1 bilhões de pessoas mais pobres deste nosso planeta, decidiram criar algum projeto a respeito.
Chamaram dois outros amigos da faculdade - cineastas - e juntos os quatro foram viver com um dólar ao dia por dois meses (durante as férias deles na faculdade) no vilarejo Peña Blanca no interior da Guatemala em 2010, mostrando as dificuldades que qualquer um que teve o azar de nascer pobre enfrenta diariamente.
O projeto inicial não era fazer um filme. A ideia era fazer vídeos curtos e disponibilizar no youtube; assim o fizeram. Então os vídeos se tornaram extremamente populares.
Depois é que veio a ideia do documentário, que já foi exibido em diversas universidades nos EUA e que desde o início de setembro de 2015 está disponível mundialmente através do netflix.
Nos dias atuais, com a polarização ideológica que grita em nossa sociedade, entre os que pensam nas desigualdades sociais como coisas naturais, inevitáveis ou até mesmo benéficas; e os que pensam nas desigualdades sociais como coisas inaceitáveis no estágio atual de tecnologia e capacidade em que se encontra a espécie humana; ver quatro jovens de classe média norte-americanos dispostos a - mesmo que por um curto período - largar a vida confortável que tiveram desde o nascimento para testemunhar e experimentar a vida miserável e sem perspectivas que os guatemaltecas de Peña Blanca se submetem a viver por pura ausência de alternativas, é algo revelador e inspirador.
O filme retrata pessoas de diferentes origens, de diferentes classes sociais - pessoas que são postas em contato num contexto que tinha tudo para ser desgastante, em situações que tinham tudo para demonstrar o quão estereotipados e preconceituosos podemos ser -, se abrindo ao outro, de maneira sincera e jovial.
Se você é daqueles que acham que a desigualdade social é natural, inevitável ou até mesmo algo benéfico, que só vive na miséria quem é preguiçoso e que quem merece ou faz por merecer consegue progredir, por favor assista a esse filme. Ele pode te fazer refletir.
Se você é daqueles que acham que a desigualdade social é inaceitável e que o ser humano parece não evoluir como espécie por conta do egoísmo, por favor assista a esse filme. Ele pode te inspirar.
Informações detalhadas para quem se vira no inglês:
A página na wikipedia aqui.
O trailer no youtube aqui.
A página no facebook aqui.
Acabei de assistir agora; o filme me deixou arrepiado, emocionado.
Dois norte-americanos - um de Nova Iorque e outro de Seattle - que cresceram em famílias de classe média e se tornaram amigos na faculdade, de tanto conversarem sobre a situação precária dos mais de 1,1 bilhões de pessoas mais pobres deste nosso planeta, decidiram criar algum projeto a respeito.
Chamaram dois outros amigos da faculdade - cineastas - e juntos os quatro foram viver com um dólar ao dia por dois meses (durante as férias deles na faculdade) no vilarejo Peña Blanca no interior da Guatemala em 2010, mostrando as dificuldades que qualquer um que teve o azar de nascer pobre enfrenta diariamente.
O projeto inicial não era fazer um filme. A ideia era fazer vídeos curtos e disponibilizar no youtube; assim o fizeram. Então os vídeos se tornaram extremamente populares.
Depois é que veio a ideia do documentário, que já foi exibido em diversas universidades nos EUA e que desde o início de setembro de 2015 está disponível mundialmente através do netflix.
Nos dias atuais, com a polarização ideológica que grita em nossa sociedade, entre os que pensam nas desigualdades sociais como coisas naturais, inevitáveis ou até mesmo benéficas; e os que pensam nas desigualdades sociais como coisas inaceitáveis no estágio atual de tecnologia e capacidade em que se encontra a espécie humana; ver quatro jovens de classe média norte-americanos dispostos a - mesmo que por um curto período - largar a vida confortável que tiveram desde o nascimento para testemunhar e experimentar a vida miserável e sem perspectivas que os guatemaltecas de Peña Blanca se submetem a viver por pura ausência de alternativas, é algo revelador e inspirador.
O filme retrata pessoas de diferentes origens, de diferentes classes sociais - pessoas que são postas em contato num contexto que tinha tudo para ser desgastante, em situações que tinham tudo para demonstrar o quão estereotipados e preconceituosos podemos ser -, se abrindo ao outro, de maneira sincera e jovial.
Se você é daqueles que acham que a desigualdade social é natural, inevitável ou até mesmo algo benéfico, que só vive na miséria quem é preguiçoso e que quem merece ou faz por merecer consegue progredir, por favor assista a esse filme. Ele pode te fazer refletir.
Se você é daqueles que acham que a desigualdade social é inaceitável e que o ser humano parece não evoluir como espécie por conta do egoísmo, por favor assista a esse filme. Ele pode te inspirar.
Informações detalhadas para quem se vira no inglês:
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O trailer no youtube aqui.
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