8 de agosto de 2015

Dinheiro, cristãos e judeus

Oi amiguinhxs, vocês sabiam que desde que o conceito do dinheiro foi inventado - há mais de 10 mil anos, passando por quando a moeda foi inventada - há mais de 3 mil anos, a prática de empréstimo e cobrança de juros foi abertamente aceita?
Por muitos milhares de anos a moeda corrente era animais e quando um empréstimo era feito, a moeda, isto é, o conjunto de animais, se reproduzia naturalmente, o que servia de boa justificativa para a cobrança de juros.


Foi o judaísmo, lá pelos idos de 1000ac, que começou com essa história de que a prática de cobrança de juros era algo negativo e que deveria ser proibida, recebendo o nome de usura.
Mas apesar de proibir a usura aos próprios judeus, o Torá (texto sagrado dos judeus) prevê a possibilidade do judeu praticar a cobrança de juros em empréstimos para os não-judeus, ou gentios.

Até o século XV, a prática de cobrança de juros foi encarada como pecado e proibida pelas religiões católica e islâmica.
Ou seja, por aproximadamente dois mil e quinhentos anos os judeus eram detentores do monopólio da prática do empréstimo.

Obviamente com o passar do tempo, nesse longo período, os judeus passaram a ser vistos como avarentos.
Os judeus passaram a ser odiados e a esse sentimento coletivo foi dado o nome de antisemitismo. 
Por isso foram cada vez mais se isolando nas comunidades, a ponto de haver bairros segregados aos judeus, chamados guetos.

A partir do século XVI os cristãos passaram a praticar a cobrança de juros sem maiores preocupações e a igreja passou a aceitar a coisa toda de bom grado.
Na Itália o conceito de banco como o conhecemos foi inventado e o pecado da usura saiu de moda definitivamente.

Mas o estrago já estava feito, os judeus adquiriram uma fama tão má a ponto de despertar o ódio e a fúria de várias lideranças e setores da sociedade em diferentes partes da Europa em diversos períodos, culminando com o holocausto promovido pelos nazistas, quando seis milhões de judeus foram exterminados durante a segunda guerra mundial.

Pois então, amiguinhxs, o tempo passa e as coisas mudam, coitado de quem pensa que as coisas serão como são para sempre e que é ilusório pensar em mudanças, pois há séculos que a usura é uma prática bem-vista em nossa sociedade, praticada por não-judeus a torto e a direita (logo os não-judeus, ou melhor dizendo, cristãos, que odiavam e perseguiam os judeus especificamente por conta da usura), e hoje são os judeus quem tentam exterminar outra etnia.
Coisas que somente as religiões podem proporcionar...