19 de fevereiro de 2015

Contagem regressiva - discografia do The Fall

Para um maior deleite, faça a leitura escutando os programas especiais que fiz para a AntenaZero.com, que você encontra aquihttps://www.mixcloud.com/waldenzanin/.

Recentemente o website stereogum.com publicou uma matéria "especial" sobre minha banda predileta - The Fall.
A matéria, que não foi assinada, lista os discos de estúdio da banda, classificando todos eles desde o pior até o melhor (na opinião de quem escreveu aquilo, claro).

Como eu discordei muito do resultado da lista, decidi fazer aqui a minha lista, nesse mesmo formato - de contagem regressiva.

De maneira geral eu acabo dividindo a discografia em três fases:
1. Do início da banda até o final dos anos 80;
2. Os anos 90;
3. Os anos 2000.
A primeira fase é composta pelos discos clássicos, que aparecem entre os melhores na grande maioria das listas. A segunda fase contém os piores discos da discografia do The Fall. A terceira fase marca a revitalização da banda, com ótimos álbuns (com a melhor qualidade de gravação) e constância na formação.

Costumo dizer que gosto de todos os álbuns do The Fall, então vou listar aqui todos os álbuns de estúdio da banda de Mark E. Smith e cia, em ordem, do menos melhor, passando por todos os maravilhosos discos de diferentes fases, até o melhor de todos, hehe.

Vamos lá:


30. Code: Selfish (1992)
É difícil dizer, para mim que sou fã assumido, mas eu não consigo lembrar de cabeça de nem mesmo uma única canção deste disco.
Não é difícil entender porque está aqui, por último...

-

29.  The Light User Syndrome (1996)
Outro disco de que não consigo lembrar de cabeça nem mesmo uma música.
Este foi o último disco em que Brix consta como membro do The Fall. Ela tinha saído da banda em 1989 (quando ela e Mark se divorciaram) e tinha retornado em 1994.

-

28. Re-Mit (2013)
Este é o álbum mais recente do The Fall (pelo menos até fevereiro de 2015, quando escrevo isto aqui) e pela primeira vez na história a banda The Fall consegue lançar quatro discos seguidos sem ao menos uma mudança na formação.
Mesmo com canções "classudas" como Sir William Wray e Victrola Time, e apesar de canções legais como Kinder of Spine, Noise e No Respects, a impressão que passa é que Mark Smith deixou a banda compor e arranjar o material quase todo e que ele só apareceu no estúdio para botar o vocal no último dia de gravação...

-

27. Cerebral Caustic (1995)
Este é o disco que marca o retorno de Brix Smith ao The Fall. A ex-esposa de Mark Smith é a co-autora de 5 das 12 faixas do álbum e grita em Don't Call Me Darling (uma das melhores do disco).
Neste disco temos a versão de I'm Not Satisfied de Frank Zappa, a gravação definitiva de Life Just Bounces e a rara e inusitada guitarra tocada por Mark Smith na faixa que abre o disco, The Joke.
Foi a última vez que Craig Scanlon participou de algum disco do The Fall.

-

26. Ersatz GB (2011)
Pela terceira vez seguida o The Fall consegue lançar um disco sem uma única mudança na formação da banda. Antes de Ersatz GB temos Imperial Wax Solvent de 2008 e Your Future Our Clutter de 2010, e depois de Ersatz GB temos Re-Mit de 2013.
A impressão que passa é que Mark Smith consegue expressar sua arte melhor quando sua banda muda, pois o que seria motivo para comemorar, na verdade acaba passando a impressão de mais do mesmo.
Neste disco Mark Smith inseriu elementos de música pesada (metal) em algumas faixas, inclusive se apropriando de uma música de uma banda grega de metal para fazer a faixa Greenway. Ao mesmo tempo temos uma das canções mais doces de toda a carreira da banda: Happi Song (cantada pela esposa - e tecladista - Elena).
Mas que fique claro, Ersatz GB não é um disco ruim, pelo contrário!

-

25. Shift-Work (1991)
Shift-Work é um bom álbum, mas essa fase com Dave Bush tocando teclados e coisas eletrônicas pop realmente me deixa com um pé atrás.
Aqui temos ótimas canções, como Edinburgh Man, The Book of Lies, High Tension Line, Shift-Work, You Haven't Found It Yet, The Mixer, White Lightning (versão para The Big Bopper), A Lot of Wind e Rose.

-

24. Are You Are Missing Winner (2001)
Uma vez mais temos aqui um disco onde Mark Smith se orgulha de ter modificado todos os integrantes da formação da banda.
Já na primeira faixa o refrão diz "nós somos o novo the Fall".
Aqui temos muita coisa fina: My Ex-Classmates' Kids, Kick the Can, The Acute e Hollow Mind, além de Crop-Dust (baseada num trecho de uma música do The Troggs), Bourgeois Town (de Lead Belly), Gotta See Jane (de R. Dean Taylor - o mesmo de There's a Ghost in My House) e a louca Ibis-Afro Man (de Iggy Pop). 

-

23. I Am Kurious Oranj (1988)
Se você chegou até aqui, já deve ter percebido que já deixamos pra trás qualquer tipo de ressalva e que não se trata de termos álbuns ruins no fim e álbuns bons no topo da lista. 
Sim, é difícil de acreditar que qualquer banda no mundo possa ter mais de VINTE discos que possam ser considerados foda de bom.
Mas The Fall sim tem mais de vinte álbuns que eu considero foda de bom. Sabe, excelentes etc.
Aqui temos maravilhas como New Big Prinz, Kurious Oranj, Wrong Place, Right Time, Cab It Up!, Last Nacht e a doida Dog Is Life/Jerusalem.
O disco é a trilha sonora para ballet I Am Curious, Orange, produzido por Michael Clark.
Depois desse disco Brix Smith se separa de Mark Smith e é saída da banda.

-

22. Middle Class Revolt (1994)
Neste álbum temos o retorno do louco baterista (e guitarrista) Karl Burns.
Temos as vozes de John Peel e do guitarrista Craig Scanlon sampleadas na faixa Symbol of Mordgan.
Temos uma das primeiras canções do The Fall (Hey! Fascist) finalmente gravada (acabou virando Hey! Student).
Além das pepitas 15 Ways, The Reckoning, Behind the Counter, Surmount All Obstacles, Middle Class Revolt! e You're Not Up to Much.
E como se não fosse suficiente, neste disco ainda temos versões para Henry Cow e Slapp Happy, Monks e Groundhogs.

-

21. Room to Live (1982)
Pronto, aqui o primeiro da chamada fase de ouro...
Esse disco, que é o quinto da carreira do The Fall, está entre Hex Enduction Hour e Perverted by Language, ou seja, coisa linda de morrer mesmo.
A faixa título é de uma perfeição admirável.
A gravação foi "diferente", com membros da banda que deixaram de participar em faixas etc. É o último disco onde temos Marc Riley (que depois virou radialista de sucesso na BBC).
Karl Burns teve um papel central neste disco. Arthur Kadmon da banda Ludus também participa.

-

20. The Marshall Suite (1999)
Isto aqui é o The Fall que mais se aproxima da eletrônica de que eu gosto.
Este álbum consegue ser rock'n'roll demais, mesmo usando muitos elementos da música eletrônica.
Temos pepitas como Touch Sensitive, Shake-Off, Bound, Antidotes e The Crying Marshal.
Este foi o primeiro álbum após a fatídica briga de porrada que aconteceu no palco, no meio de um dos shows da fatídica tour americana. A única integrante que ficou foi Julia Nagle, que se mostrou decisiva aqui.
Temos aqui versões para Tommy Blake e The Saints.

-

19. The Infotainment Scan (1993)
Este disco foi lançado pela Matador e nele encontramos uma das canções de que eu mais gosto em toda a discografia do The Fall: Light/Fireworks (Chico Science & Nação Zumbi samplearam isso para a música Rios, Pontes e Overdrives).
Eu sei que tinha falado acima que eu não gosto muito do Dave Bush, e é isso mesmo, mas aqui o cara acertou em cheio! : )
Este é um disco acessível (adjetivo muito pouco usado quando se fala de The Fall) mas não pop bobo.
Temos pepitas como Glam-Racket, It's a Curse, Paranoia Man in Cheap Shit Room, A Past Gone Mad e The League of Bald-Headed Men. Além de versões para Sister Sledge, Steve Bent e Lee "Scratch" Perry.

-

18. Slates (1981)
Tecnicamente este seria um EP, afinal foi originalmente lançado como um vinil 10 polegadas. Mas aqui estou falando da edição em CD, posterior e com duração compatível à de um álbum cheio.
Este é o segundo lançamento do The Fall pela Rough Trade e conta com pepitas como Middle Mass, Prole Art Threat, Fit and Working Again, Slates, Slags, Etc., Leave the Capitol, Lie Dream of a Casino Soul e Fantastic Life.
Mark Smith afiado e cortante, Marc Riley e Craig Scanlon nas guitarras e nos teclados e os irmãos Hanley na cozinha: The Fall na melhor forma!

-

17. Your Future Our Clutter (2010)
Por falar em boa forma, aqui outro exemplo de um disco retratando a banda em sua melhor forma.
Neste caso aqui sim, o fato da banda ter mantido a mesma formação do disco anterior (Imperial Wax Solvent) não causou perda alguma em qualidade, seja de composição seja de arranjo. Melhor ainda, em comparação com o disco anterior, a gravação aqui está ainda mais nítida!
O disco foi lançado pelo selo indie Domino recs e conta com pepitas como Bury Pts. 1 + 3, Mexico Wax Solvent, Cowboy George e Hot Cake. Além disso temos uma versão para Funnel of Love de Wanda Jackson (uma das melhores versões já feitas pela banda) e também uma das canções mais doces da carreira da banda, Weather Report 2 (composta por Mark Smith e sua esposa - e tecladista - Elena), onde ele canta "você me deu os melhores anos da minha vida" (obviamente a canção termina de modo doentio).

-

16. The Frenz Experiment (1988)
Provavelmente este seja o disco que corresponda ao período de maior sucesso da banda, onde já tinham alcançado um patamar de respeito por parte da crítica especializada e também conseguido emplacar alguns hits de maior potencial comercial.
Fato é que pepitas como Carry Bag Man, Get a Hotel, Guest Informant e In These Times justificam a fama! Além de versões para Victoria (dos Kinks) e There's a Ghost in My House (de R. Dean Taylor).

-

15. Extricate (1990)
Este disco é emblemático porque foi o primeiro após a saída da guitarrista e vocalista Brix Smith (ex-esposa de Mark Smith), e para substituí-la o encarregado foi nada menos que Martin Bramah - o guitarrista original da banda, membro fundador do The Fall que tinha saído da banda lá atrás em 1979, logo após o lançamento do primeiro álbum.
Este disco aqui conta com mais uma das poucas canções suaves e/ou leves da banda: Bill is Dead. Conta ainda com a colaboração em Telephone Thing e Black Monk Theme Part II (adaptação de uma canção da banda Monks) da dupla de música eletrônica Coldcut.
Além da mencionada versão para Monks, temos uma versão para a canção pop Popcorn Double Feature.
E, claro, pepitas maravilhosas como Sing! Harpy, I'm Frank, Arms Control Poseur e The Littlest Rebel.

-

14. The Real New Fall LP (Formerly Country on the Click) (2003)
Este é o primeiro disco com a atual esposa de Mark Smith, Elena Poulou (teclado e backing vocals). Um dos maiores sucessos recentes da banda está aqui: Theme From Sparta F.C. - usada inclusive pela BBC na abertura do maior programa de esportes da TV britânica.
O álbum vazou pela internet e Mark Smith mudou um monte de coisinhas antes de lançar.
Neste disco há apenas uma versão, para Lee Hazlewood.
Mas aqui encontramos pepitas como Mountain Energei, Contraflow, Last Commands of Xyralothep Via M.E.S., The Past, Mike's Love Xexagon, Proteinprotection e Recovery Kit.

-

13. Levitate (1997)
Este foi o primeiro álbum sem o guitarrista Craig Scanlon. Brix Smith também tinha deixado a banda (pela segunda e última vez). O baterista Simon Wolstencroft saiu antes do fim das gravações e foi substituído por Karl Burns (baterista original da banda, desde o primeiro disco lá em 1979).
Mesmo com todas essas mudanças, nada pode se comparar com a maior mudança na história da banda: Levitate foi o último disco com Steve Hanley no baixo. Hanley estava na banda desde o segundo disco lá em 1979, e foi o músico que durou mais tempo no The Fall (tirando Mark Smith, claro). Foram 19 anos como baixista do The Fall.
Foi na turnê deste álbum que Mark Smith brigou de porrada com todos os outros integrantes no palco.
Aqui encontramos pepitas como The Quartet of Doc Shanley, 4½ Inch, Spencer Must Die, Ol' Gang e Everybody But Myself. Além de versões para Byrds, Hank Mizell e Bob McFadden & Dor.

-

12. Bend Sinister (1986)
Diz a lenda que a master original foi abandonada por Mark Smith, que fez questão de usar como resultado final para o disco uma fita cassete que lhe foi dada para avaliar as gravações (obviamente este foi o último dos 3 discos produzidos por John Leckie). 
Durante a gravação deste disco 3 bateristas sentaram nas fileiras da banda; Karl Burns foi mandado embora logo no começo das gravações, Paul Hanley voltou para a banda e gravou uma parte do disco mas foi substituído por Simon Wolstencroft, que gravou outra parte das músicas.
Aqui temos a famosa versão para Mr Pharmacist (da banda The Other Half).
Muitas pepitas de alto calibre: R.O.D., Dktr. Faustus, Shoulder Pads, Terry Waite Sez e Bournemouth Runner.

-

11. Hex Enduction Hour (1982)
Quarto álbum da banda e o primeiro a contar com dois bateristas tocando ao mesmo tempo - Karl Burns e Paul Hanley.
O disco tem um clima sombrio, com letras fortes. Foi gravado parcialmente na Islândia.

-

10. Dragnet (1979)
Este disco é muito mal gravado, mesmo. Lo-fi até a medula. A banda tinha acabado de lançar o primeiro disco e no mesmo ano de 1979 decidiram gravar mais coisa - em apenas dois dias. 
Porém, se a gravação deixa a desejar, felizmente a composição, o arranjo e a performance da banda para essas canções aqui estão maravilhosas.
Dragnet é uma coleção de clássicos do The Fall, quase tudo no disco é lindo demais (nos parâmetros The Fall): Psykick Dancehall, Printhead, Dice Man, Your Heart Out, Muzorewi's Daughter, Flat of Angles, Spectre Vs Rector, Put Away... 
Foi lançado pelo mesmo selo do primeiro disco, Step Forward (do cara do The Police). É o único disco com Mike Leigh na bateria e o último pelo Step Forward. Marc Riley foi do baixo para a guitarra, com a chegada de Steve Hanley.
Este disco aqui só não está mais em cima na lista por conta da gravação tosca mesmo.

-

9. Reformation Post TLC (2007)
O chamado disco do The Fall americano. Ou o The Fall com dois baixos.
Em mais uma mudança de formação, Mark Smith recrutou músicos de bandas americanas para fazer este disco com sua esposa - e tecladista - Elena.
Muitos fãs puristas torcem o nariz para este disco (provavelmente por conta dos integrantes americanos, sei lá), mas o fato é que o disco é excelente, bem gravado, com letras ácidas e irônicas e com músicas maravilhosas, como Over! Over!, The Bad Stuff, Systematic Abuse, Scenario, Coach and Horses, a impagável Insult, além dos clássicos Reformation! e Fall Sound!

-

8. The Wonderful and Frightening World Of... (1984)
Este é o sétimo disco da banda e o último a contar com dois bateristas, pois Paul Hanley deixou a banda logo depois.
Foi o primeiro disco a ser produzido por John Leckie e também o primeiro a ser lançado pelo selo Beggars Banquet (que iria lançar coisas da banda até pelo menos 1988).
Minha preferida deste disco é Oh! Brother.

-

7. Live at the Witch Trials (1979)
Pronto, aqui está o primeiro disco do The Fall.
Foi inteiramente gravado num único dia e inteiramente mixado no dia seguinte. Mesmo assim a gravação é ótima e limpa. 
É o disco em que mais podemos encontrar o som do início punk-rock da banda.
Este é o único disco em que Mark Smith não é o único membro original da banda. 
Enfim, o disco é obrigatório e músicas como Like to Blow, Rebellious Jukebox e No Xmas for John Quays são clássicos absolutos.

-

6. Imperial Wax Solvent (2008)
Este disco traz uma nova leva de músicos britânicos, após a versão The Fall americana do disco Reformation.
Dentre os discos mais recentes, este é o que mais se aproxima da produção lo-fi de outrora, com uma gravação abafada (em comparação com os outros discos do período, claro, pois se compararmos com Dragnet, por exemplo, veremos que Imperial Wax Solvent foi muito bem gravado, hehe).
O disco está cheio de músicas excelentes, são muitos os candidatos a clássicos aqui: 50 Year Old Man, Wolf Kidult Man, I've Been Duped, Can Can Summer, Tommy Shooter, Latch Key Kid e Is This New. Além da versão para Strangetown (da banda The Groundhogs).

-

5. Fall Heads Roll (2005)
O que dizer de um disco que contém uma música como Blindness?! Clássico.
Este disco é lindo em tudo, na escolha do repertório, na gravação, na performance, nas letras, enfim, está tudo ali.
Aqui temos pepitas maravilhosas como Pacifying Joint, What About Us?, Assume, Bo Demmick, Youwanner e Clasp Hands, e a versão para I Can Hear the Grass Grow da banda The Move ficou perfeita.

-

4. This Nation's Saving Grace (1985)
Aqui, tão perto do pódio, fica até difícil conseguir dizer algo...
This Nation's Saving Grace é o segundo álbum produzido por John Leckie e também o segundo lançado pelo selo Beggars Banquet.
Dos três este é o melhor em tudo, simples assim.
Onde mais você poderia encontrar pepitas como Bombast, Spoilt Victorian Child, Couldn't Get Ahead, My New House e I Am Damo Suzuki?

-

3. The Unutterable (2000)
Este álbum foi o segundo seguido com a mesma formação, algo raro em termos de The Fall. Outra coisa é que neste disco não há versão alguma, somente músicas de autoria da banda.
Mas mesmo assim podemos ver influências pelo álbum, como Dr. Buck's Letter (que remete a Bukowski) e Ketamine Sun (Lou Reed).
Foi a partir deste disco que o The Fall deixou a decadência definitivamente pra trás e mostrou que ainda tinha muita lenha pra queimar.
Pepitas fortíssimas podem ser encontradas aqui: Cyber Insekt, Two Librans, Sons of Temperance, Hot Runes, Way Round e Serum.

-

2. Perverted by Language (1983)
O sétimo álbum do The Fall é o meu segundo mais amado.
É o primeiro disco a contar com Brix Smith na formação da banda. O terceiro e último a ser lançado pela Rough Trade.
Ao escutar pela primeira vez Eat Y'self Fitter, numa de suas sessões pela BBC, John Peel disse no ar que durante a música desmaiou e que teve de ser ressuscitado por seu assistente. Depois disso Joh Peel escolheu Eat Y'self Fitter como uma das músicas que ele levaria para uma ilha deserta.
É muito clássico num disco só: Neighbourhood of Infinity, Smile, I Feel Voxish, The Man Whose Head Expanded, Kicker Conspiracy, Ludd Gang e Wings.

-

1. Grotesque (1980)
Pronto, aqui meu preferido dentre todos os álbuns do The Fall: Grotesque (After the Gramme), de 1980; terceiro disco da banda, lançado pelo selo Rough Trade.
Simples: este disco é perfeito - DIY, lo-fi, letras cortantes e certeiras, performance única, inspiração e coragem.

Aqui toda a lista das músicas:
1. Pay Your Rates
2. English Scheme
3. New Face In Hell
4. C 'n' C-S Mithering
5. The Container Drivers
6. Impression Of J Temperance
7. In The Park
8. WMC-Blob 59
9. Gramme Friday
10. The NWRA
Bonus Tracks
11. How I Wrote 'Elastic Man'
12. City Hobgoblins
13. Totally Wired
14. Putta Block
15. Mark E Smith Self-Interview 1980

Pessoal:
Mark E. Smith – vocais, operação de fita, kazoo, guitarra
Marc Riley – guitarra, teclado
Craig Scanlon – guitarra
Steve Hanley – baixo
Paul Hanley – bateria
Kay Carroll – "vocais extra"
Geoff Travis – produção
Grant Showbiz – produção


Nenhum comentário: