Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens

7 de outubro de 2015

Magic Crayon em Brasília e Goiânia

Quinze anos atrás teve o "fim de semana Monstro" em Goiânia e Brasília.
A Monstro levou de São Paulo as bandas Chocolate Diesel, Moonrise, Magic Crayon, Transistors e Shed para tocar na parte central do Brasil.
Ainda tocaram as bandas locais Frank Poole e Hang the Superstars!
Foi a primeira vez que Magic Crayon saiu de SP pra tocar, a primeira vez que demos entrevista em rádio...

A viagem foi singular, com cinco bandas dentro de um ônibus (mais DJ, fotógrafo, dono de selo, motorista e suas duas namoradas etc) percorrendo os mais de 1.100 km de estrada numa pegada só!

Depois do primeiro show, em Goiânia - onde fomos escalados para ser a penúltima banda da noite a tocar (subimos ao palco pelas 5h da manhã!), eu acabei chutando o balde e passei o restante da viagem bebendo sem parar.
No dia seguinte em Brasília nos deram um horário menos ruim, mas o estrago já estava feito, haha, eu estava transtornado!
Me arrependo de ter urinado no canteiro da entrada da Basic 2000 (lugar onde tocamos) e de ter bebido todas as variedades de destilados da casa.

Na volta pra SP, no ônibus, ainda saindo de Brasília, antes de eu desmaiar e só voltar a acordar na marginal Tietê vomitado, paguei geral caminhando da entrada até o fundo do busão gritando que todos iríamos morrer e rindo.

Agora em outubro de 2015 Magic Crayon voltará a tocar na parte central do Brasil! YEAH!

DJ Set na Play! Brasília dia 9: https://www.facebook.com/events/456412061215889/

Goiânia dia 10: https://www.facebook.com/events/890911957665394/

Brasília dia 11: https://www.facebook.com/events/175351789466614/

7 de maio de 2015

O primeiro vídeo para a banda Wax Machine

Hoje foi disponibilizado no youtube o primeiro vídeo da banda Wax Machine, de Brighton (UK); a mais nova cria de Lauro Zanin (idealizador e ex-integrante da banda Object Object).
O vídeo é para a canção Cigarettes and Tea e foi gravado e editado por Lauro.
A vibe psicodélica está carregada até a medula, tanto musical quanto visualmente.

O combo de 6 músicos (incluindo Kat Savage, namorada de Lauro, e integrantes de outras ótimas bandas do sul da Inglaterra, como Strange Cages) vai fazer o primeiro show no dia 19 de maio agora, abrindo para a banda francesa Aquaserge (que conta com integrantes das bandas Stereolab e Tame Impala).
O show será numa das venues mais ativas da cena independente de BrightonThe Green Door Store.

Adivinha a duração do vídeo?!?!?!? :-D
ENJOY!



26 de março de 2015

Pré-venda do CD AEdB

(English below)

ATUALIZAÇÂO:
Realmente o bandcamp não aceita pagamentos de usuários brasileiros, então a pré-venda para o Brasil está disponível na lojinha do selo no facebook.

-

A Espiral de Bukowski, duo que iniciei com a Mariana em São Paulo em 2012 e que desde 2013 vem atuando no universo da música experimental, já lançou uma porção de álbuns e já participou em muitas coletâneas (no Brasil e em outros países).
Agora, pela primeira vez, decidimos lançar um disco próprio em formato físico (CD).


O disco chama AEdB e hoje eu fui com a pequena Laura até a fábrica (que fica entre o Autódromo de Interlagos e Santo Amaro, no bairro Socorro) levar os documentos, a master do áudio e os arquivos de arte gráfica, para prensagem e impressão.

A partir de hoje a pré-venda do álbum AEdB está disponível em https://ob-w.bandcamp.com/album/aedb.
Tanto na versão física (CD) quanto na versão digital (em formatos de alta qualidade).
Na pré-venda do bandcamp o valor é mais baixo do que será o preço praticado quando o disco for lançado.


Para esquentar, neste final de semana tocaremos em dois lugares de que gostamos muito aqui em São Paulo. São eventos em que A Espiral de Bukowski convida outros músicos para sessões de improviso.
Sábado A Espiral de Bukowski convida Alvaro Daguer (da banda chilena A Full Cosmic Sound), Joel Whitworth (músico de Manchester), Auto Solidão e Rumbo Reverso. Mais infos aqui: https://www.facebook.com/events/434691676697675/
E domingo A Espiral de Bukowski convida Alvaro Daguer, Joel Whitworth, Leandro Archela (Holofonica) e Al Revés (Bruno Hiss e Rodrigo Dario). Mais infos aqui: https://www.facebook.com/events/958936747452252/


Entre o final de abril e maio teremos os shows de lançamento do AEdB.

A partir do dia primeiro de abril a pré-venda começa no iTunes (aqui: https://itunes.apple.com/us/album/aedb/id974731609) e demais lojas virtuais.

Sim, sabemos que no Brasil o download ilegal é bem difuso e que a grande maioria dos brasileiros, quando vai ao bandcamp, acaba baixando somente quando é grátis...

De todo o pouco que recebo de royalties (streaming e download) com os discos lançados no selo O Bosque/Woodland, quase tudo vem de fora do Brasil (no gráfico de países de procedência, que o distribuidor disponibiliza, o Brasil nem aparece)...

Mesmo assim AEdB está lá à disposição pra ser pré-vendido para todo e qualquer amante de música experimental.
;-)



- -

A Espiral de Bukowski is a duo I have formed with Mariana in São Paulo in 2012 and that since 2013 has been working in the experimental music universe, having released a lot of albums and participated in many compilations (in Brazil and other countries).
Now, for the first time, we've decided to release our first full album in a physical format (CD).

The record is called AEDB and today little Laura and I went to the factory (south of São Paulo) to consign the documents, audio master and graphic files, for pressing and printing.

As of today the pre-order of the album AEDB is available on https://ob-w.bandcamp.com/album/aedb.
Both in the physical version (CD) and digital version (in high-quality formats).
During the pre-order on bandcamp the value is lower than what will be the price once the album is released.

To warm up, this weekend A Espiral de Bukowski will play at two venues we enjoy here in São Paulo. They're events where A Espiral de Bukowski invites other musicians (from Brasil and abroad) for impromptu sessions.

From the last week of April to the first week of May we will have release shows in São Paulo to celebrate and promote the album AEDB.

As of the first day of April the pre-order to AEdB starts on iTunes and other online stores.
;-)

5 de março de 2015

A Espiral de Bukowski lança EP Quanta mole

Quanta mole (ep), o mais novo lançamento do selo DIY O Bosque/Woodland, d'A Espiral de Bukowski, é um aperitivo até o lançamento do primeiro álbum físico próprio do duo, chamado AEdB (a ser lançado em maio).

Para ver, escutar e baixar, (inclusive) GRÁTIS:
http://woodland.blogspot.com.br/2015/…/quanta-mole-2015.html


Quanta mole (ep) is the newest release by A Espiral de Bukowski from DIY label O Bosque/Woodland and it is a teaser for the duo's first physical full album, called AEdB (to be released in May 2015).

You can see, know about, stream and download Quanta mole, (also) FREE:
http://woodland.blogspot.com.br/2015/…/quanta-mole-2015.html

3 de março de 2015

Dois textos meus em ótimos websites

Dois textos meus foram publicados recentemente na internet.

Um deles chama "A imprensa e o papel das mídias no Brasil" e foi publicado ontem no site Pragmatismo Político.
É um texto sobre política e sobre comunicação e imprensa.



O outro é o texto de estreia da coluna cosmoPOPlitan e foi publicado agora há pouco no site Floga-se.
É um texto sobre música (e política também).

20 de fevereiro de 2015

Object Object lançam single com produção de John Parish

Object Object é uma banda de Brighton, Inglaterra, que foi formada em 2012 por quatro adolescentes, amigos de colégio: Rebecca Terry (voz), Bertie Morris (baixo), Ellis Dickson (bateria) e Lauro Zanin (guitarra).

Lauro é meu filho, com quem eu toquei na banda Barins e no projeto Zanin's Magic Crayon. Com o Barins gravamos um álbum, alguns clipes e fizemos um único show, no Buffalo Bar, em Londres. Com o Zanin's Magic Crayon gravamos versões para canções da minha banda Magic Crayon num formato diferente (eletrônica e ukulele) e fizemos duas turnês: em 2009 nos EUA (com dois shows também em Toronto) e em 2010 na Europa.
Também participei de seu primeiro projeto musical, chamado Sursis, que ele começou aos 13 anos!

Object Object é um nome peculiar, pode trazer um viés filosófico ou pode remeter a programação computacional ou ainda à canção da banda The Cure.
O som da Object Object tem influências de shoegaze, indiepop, rock alternativo e pós-punk.

Antes mesmo do lançamento do primeiro ep digital homônimo, hoje esgotado (a banda retirou o ep do ar no bandcamp deles), a vocalista Becca Terry foi substituída por Aimee Montague.

Depois de muitos shows no circuito DIY inglês, dividindo palco com outros ótimos grupos, Object Object teve a oportunidade de gravar no estúdio Roundhouse, em Camden - Londres, com a produção de John Parish (músico e produtor, parceiro de PJ Harvey e muitos outros).


Logo depois da gravação a banda entrou num curto hiato e então veio a reviravolta: Lauro e Ellis saíram.
Ellis tem sido figurinha carimbada na cena de Brighton, tocando bateria com várias bandas, dentre as quais as ótimas Strange Cages e The Art Club.
Lauro está fazendo faculdade de música (produção) no BIMM, trabalhando com produção de shows independentes (principalmente com a agência Melting Vinyl) e também preparando um projeto musical próprio, chamado Wax Machine.

Aimee e Bertie decidiram continuar com a Object Object e agora lançam o resultado dessa última sessão de gravação do quarteto.
O resultado é um single virtual que você pode escutar no soundcloud deles.
Além da canção Bones, há também a canção Made Up. Ambas excelentes!



19 de fevereiro de 2015

Contagem regressiva - discografia do The Fall

Para um maior deleite, faça a leitura escutando os programas especiais que fiz para a AntenaZero.com, que você encontra aquihttps://www.mixcloud.com/waldenzanin/.

Recentemente o website stereogum.com publicou uma matéria "especial" sobre minha banda predileta - The Fall.
A matéria, que não foi assinada, lista os discos de estúdio da banda, classificando todos eles desde o pior até o melhor (na opinião de quem escreveu aquilo, claro).

Como eu discordei muito do resultado da lista, decidi fazer aqui a minha lista, nesse mesmo formato - de contagem regressiva.

De maneira geral eu acabo dividindo a discografia em três fases:
1. Do início da banda até o final dos anos 80;
2. Os anos 90;
3. Os anos 2000.
A primeira fase é composta pelos discos clássicos, que aparecem entre os melhores na grande maioria das listas. A segunda fase contém os piores discos da discografia do The Fall. A terceira fase marca a revitalização da banda, com ótimos álbuns (com a melhor qualidade de gravação) e constância na formação.

Costumo dizer que gosto de todos os álbuns do The Fall, então vou listar aqui todos os álbuns de estúdio da banda de Mark E. Smith e cia, em ordem, do menos melhor, passando por todos os maravilhosos discos de diferentes fases, até o melhor de todos, hehe.

Vamos lá:


30. Code: Selfish (1992)
É difícil dizer, para mim que sou fã assumido, mas eu não consigo lembrar de cabeça de nem mesmo uma única canção deste disco.
Não é difícil entender porque está aqui, por último...

-

29.  The Light User Syndrome (1996)
Outro disco de que não consigo lembrar de cabeça nem mesmo uma música.
Este foi o último disco em que Brix consta como membro do The Fall. Ela tinha saído da banda em 1989 (quando ela e Mark se divorciaram) e tinha retornado em 1994.

-

28. Re-Mit (2013)
Este é o álbum mais recente do The Fall (pelo menos até fevereiro de 2015, quando escrevo isto aqui) e pela primeira vez na história a banda The Fall consegue lançar quatro discos seguidos sem ao menos uma mudança na formação.
Mesmo com canções "classudas" como Sir William Wray e Victrola Time, e apesar de canções legais como Kinder of Spine, Noise e No Respects, a impressão que passa é que Mark Smith deixou a banda compor e arranjar o material quase todo e que ele só apareceu no estúdio para botar o vocal no último dia de gravação...

-

27. Cerebral Caustic (1995)
Este é o disco que marca o retorno de Brix Smith ao The Fall. A ex-esposa de Mark Smith é a co-autora de 5 das 12 faixas do álbum e grita em Don't Call Me Darling (uma das melhores do disco).
Neste disco temos a versão de I'm Not Satisfied de Frank Zappa, a gravação definitiva de Life Just Bounces e a rara e inusitada guitarra tocada por Mark Smith na faixa que abre o disco, The Joke.
Foi a última vez que Craig Scanlon participou de algum disco do The Fall.

-

26. Ersatz GB (2011)
Pela terceira vez seguida o The Fall consegue lançar um disco sem uma única mudança na formação da banda. Antes de Ersatz GB temos Imperial Wax Solvent de 2008 e Your Future Our Clutter de 2010, e depois de Ersatz GB temos Re-Mit de 2013.
A impressão que passa é que Mark Smith consegue expressar sua arte melhor quando sua banda muda, pois o que seria motivo para comemorar, na verdade acaba passando a impressão de mais do mesmo.
Neste disco Mark Smith inseriu elementos de música pesada (metal) em algumas faixas, inclusive se apropriando de uma música de uma banda grega de metal para fazer a faixa Greenway. Ao mesmo tempo temos uma das canções mais doces de toda a carreira da banda: Happi Song (cantada pela esposa - e tecladista - Elena).
Mas que fique claro, Ersatz GB não é um disco ruim, pelo contrário!

-

25. Shift-Work (1991)
Shift-Work é um bom álbum, mas essa fase com Dave Bush tocando teclados e coisas eletrônicas pop realmente me deixa com um pé atrás.
Aqui temos ótimas canções, como Edinburgh Man, The Book of Lies, High Tension Line, Shift-Work, You Haven't Found It Yet, The Mixer, White Lightning (versão para The Big Bopper), A Lot of Wind e Rose.

-

24. Are You Are Missing Winner (2001)
Uma vez mais temos aqui um disco onde Mark Smith se orgulha de ter modificado todos os integrantes da formação da banda.
Já na primeira faixa o refrão diz "nós somos o novo the Fall".
Aqui temos muita coisa fina: My Ex-Classmates' Kids, Kick the Can, The Acute e Hollow Mind, além de Crop-Dust (baseada num trecho de uma música do The Troggs), Bourgeois Town (de Lead Belly), Gotta See Jane (de R. Dean Taylor - o mesmo de There's a Ghost in My House) e a louca Ibis-Afro Man (de Iggy Pop). 

-

23. I Am Kurious Oranj (1988)
Se você chegou até aqui, já deve ter percebido que já deixamos pra trás qualquer tipo de ressalva e que não se trata de termos álbuns ruins no fim e álbuns bons no topo da lista. 
Sim, é difícil de acreditar que qualquer banda no mundo possa ter mais de VINTE discos que possam ser considerados foda de bom.
Mas The Fall sim tem mais de vinte álbuns que eu considero foda de bom. Sabe, excelentes etc.
Aqui temos maravilhas como New Big Prinz, Kurious Oranj, Wrong Place, Right Time, Cab It Up!, Last Nacht e a doida Dog Is Life/Jerusalem.
O disco é a trilha sonora para ballet I Am Curious, Orange, produzido por Michael Clark.
Depois desse disco Brix Smith se separa de Mark Smith e é saída da banda.

-

22. Middle Class Revolt (1994)
Neste álbum temos o retorno do louco baterista (e guitarrista) Karl Burns.
Temos as vozes de John Peel e do guitarrista Craig Scanlon sampleadas na faixa Symbol of Mordgan.
Temos uma das primeiras canções do The Fall (Hey! Fascist) finalmente gravada (acabou virando Hey! Student).
Além das pepitas 15 Ways, The Reckoning, Behind the Counter, Surmount All Obstacles, Middle Class Revolt! e You're Not Up to Much.
E como se não fosse suficiente, neste disco ainda temos versões para Henry Cow e Slapp Happy, Monks e Groundhogs.

-

21. Room to Live (1982)
Pronto, aqui o primeiro da chamada fase de ouro...
Esse disco, que é o quinto da carreira do The Fall, está entre Hex Enduction Hour e Perverted by Language, ou seja, coisa linda de morrer mesmo.
A faixa título é de uma perfeição admirável.
A gravação foi "diferente", com membros da banda que deixaram de participar em faixas etc. É o último disco onde temos Marc Riley (que depois virou radialista de sucesso na BBC).
Karl Burns teve um papel central neste disco. Arthur Kadmon da banda Ludus também participa.

-

20. The Marshall Suite (1999)
Isto aqui é o The Fall que mais se aproxima da eletrônica de que eu gosto.
Este álbum consegue ser rock'n'roll demais, mesmo usando muitos elementos da música eletrônica.
Temos pepitas como Touch Sensitive, Shake-Off, Bound, Antidotes e The Crying Marshal.
Este foi o primeiro álbum após a fatídica briga de porrada que aconteceu no palco, no meio de um dos shows da fatídica tour americana. A única integrante que ficou foi Julia Nagle, que se mostrou decisiva aqui.
Temos aqui versões para Tommy Blake e The Saints.

-

19. The Infotainment Scan (1993)
Este disco foi lançado pela Matador e nele encontramos uma das canções de que eu mais gosto em toda a discografia do The Fall: Light/Fireworks (Chico Science & Nação Zumbi samplearam isso para a música Rios, Pontes e Overdrives).
Eu sei que tinha falado acima que eu não gosto muito do Dave Bush, e é isso mesmo, mas aqui o cara acertou em cheio! : )
Este é um disco acessível (adjetivo muito pouco usado quando se fala de The Fall) mas não pop bobo.
Temos pepitas como Glam-Racket, It's a Curse, Paranoia Man in Cheap Shit Room, A Past Gone Mad e The League of Bald-Headed Men. Além de versões para Sister Sledge, Steve Bent e Lee "Scratch" Perry.

-

18. Slates (1981)
Tecnicamente este seria um EP, afinal foi originalmente lançado como um vinil 10 polegadas. Mas aqui estou falando da edição em CD, posterior e com duração compatível à de um álbum cheio.
Este é o segundo lançamento do The Fall pela Rough Trade e conta com pepitas como Middle Mass, Prole Art Threat, Fit and Working Again, Slates, Slags, Etc., Leave the Capitol, Lie Dream of a Casino Soul e Fantastic Life.
Mark Smith afiado e cortante, Marc Riley e Craig Scanlon nas guitarras e nos teclados e os irmãos Hanley na cozinha: The Fall na melhor forma!

-

17. Your Future Our Clutter (2010)
Por falar em boa forma, aqui outro exemplo de um disco retratando a banda em sua melhor forma.
Neste caso aqui sim, o fato da banda ter mantido a mesma formação do disco anterior (Imperial Wax Solvent) não causou perda alguma em qualidade, seja de composição seja de arranjo. Melhor ainda, em comparação com o disco anterior, a gravação aqui está ainda mais nítida!
O disco foi lançado pelo selo indie Domino recs e conta com pepitas como Bury Pts. 1 + 3, Mexico Wax Solvent, Cowboy George e Hot Cake. Além disso temos uma versão para Funnel of Love de Wanda Jackson (uma das melhores versões já feitas pela banda) e também uma das canções mais doces da carreira da banda, Weather Report 2 (composta por Mark Smith e sua esposa - e tecladista - Elena), onde ele canta "você me deu os melhores anos da minha vida" (obviamente a canção termina de modo doentio).

-

16. The Frenz Experiment (1988)
Provavelmente este seja o disco que corresponda ao período de maior sucesso da banda, onde já tinham alcançado um patamar de respeito por parte da crítica especializada e também conseguido emplacar alguns hits de maior potencial comercial.
Fato é que pepitas como Carry Bag Man, Get a Hotel, Guest Informant e In These Times justificam a fama! Além de versões para Victoria (dos Kinks) e There's a Ghost in My House (de R. Dean Taylor).

-

15. Extricate (1990)
Este disco é emblemático porque foi o primeiro após a saída da guitarrista e vocalista Brix Smith (ex-esposa de Mark Smith), e para substituí-la o encarregado foi nada menos que Martin Bramah - o guitarrista original da banda, membro fundador do The Fall que tinha saído da banda lá atrás em 1979, logo após o lançamento do primeiro álbum.
Este disco aqui conta com mais uma das poucas canções suaves e/ou leves da banda: Bill is Dead. Conta ainda com a colaboração em Telephone Thing e Black Monk Theme Part II (adaptação de uma canção da banda Monks) da dupla de música eletrônica Coldcut.
Além da mencionada versão para Monks, temos uma versão para a canção pop Popcorn Double Feature.
E, claro, pepitas maravilhosas como Sing! Harpy, I'm Frank, Arms Control Poseur e The Littlest Rebel.

-

14. The Real New Fall LP (Formerly Country on the Click) (2003)
Este é o primeiro disco com a atual esposa de Mark Smith, Elena Poulou (teclado e backing vocals). Um dos maiores sucessos recentes da banda está aqui: Theme From Sparta F.C. - usada inclusive pela BBC na abertura do maior programa de esportes da TV britânica.
O álbum vazou pela internet e Mark Smith mudou um monte de coisinhas antes de lançar.
Neste disco há apenas uma versão, para Lee Hazlewood.
Mas aqui encontramos pepitas como Mountain Energei, Contraflow, Last Commands of Xyralothep Via M.E.S., The Past, Mike's Love Xexagon, Proteinprotection e Recovery Kit.

-

13. Levitate (1997)
Este foi o primeiro álbum sem o guitarrista Craig Scanlon. Brix Smith também tinha deixado a banda (pela segunda e última vez). O baterista Simon Wolstencroft saiu antes do fim das gravações e foi substituído por Karl Burns (baterista original da banda, desde o primeiro disco lá em 1979).
Mesmo com todas essas mudanças, nada pode se comparar com a maior mudança na história da banda: Levitate foi o último disco com Steve Hanley no baixo. Hanley estava na banda desde o segundo disco lá em 1979, e foi o músico que durou mais tempo no The Fall (tirando Mark Smith, claro). Foram 19 anos como baixista do The Fall.
Foi na turnê deste álbum que Mark Smith brigou de porrada com todos os outros integrantes no palco.
Aqui encontramos pepitas como The Quartet of Doc Shanley, 4½ Inch, Spencer Must Die, Ol' Gang e Everybody But Myself. Além de versões para Byrds, Hank Mizell e Bob McFadden & Dor.

-

12. Bend Sinister (1986)
Diz a lenda que a master original foi abandonada por Mark Smith, que fez questão de usar como resultado final para o disco uma fita cassete que lhe foi dada para avaliar as gravações (obviamente este foi o último dos 3 discos produzidos por John Leckie). 
Durante a gravação deste disco 3 bateristas sentaram nas fileiras da banda; Karl Burns foi mandado embora logo no começo das gravações, Paul Hanley voltou para a banda e gravou uma parte do disco mas foi substituído por Simon Wolstencroft, que gravou outra parte das músicas.
Aqui temos a famosa versão para Mr Pharmacist (da banda The Other Half).
Muitas pepitas de alto calibre: R.O.D., Dktr. Faustus, Shoulder Pads, Terry Waite Sez e Bournemouth Runner.

-

11. Hex Enduction Hour (1982)
Quarto álbum da banda e o primeiro a contar com dois bateristas tocando ao mesmo tempo - Karl Burns e Paul Hanley.
O disco tem um clima sombrio, com letras fortes. Foi gravado parcialmente na Islândia.

-

10. Dragnet (1979)
Este disco é muito mal gravado, mesmo. Lo-fi até a medula. A banda tinha acabado de lançar o primeiro disco e no mesmo ano de 1979 decidiram gravar mais coisa - em apenas dois dias. 
Porém, se a gravação deixa a desejar, felizmente a composição, o arranjo e a performance da banda para essas canções aqui estão maravilhosas.
Dragnet é uma coleção de clássicos do The Fall, quase tudo no disco é lindo demais (nos parâmetros The Fall): Psykick Dancehall, Printhead, Dice Man, Your Heart Out, Muzorewi's Daughter, Flat of Angles, Spectre Vs Rector, Put Away... 
Foi lançado pelo mesmo selo do primeiro disco, Step Forward (do cara do The Police). É o único disco com Mike Leigh na bateria e o último pelo Step Forward. Marc Riley foi do baixo para a guitarra, com a chegada de Steve Hanley.
Este disco aqui só não está mais em cima na lista por conta da gravação tosca mesmo.

-

9. Reformation Post TLC (2007)
O chamado disco do The Fall americano. Ou o The Fall com dois baixos.
Em mais uma mudança de formação, Mark Smith recrutou músicos de bandas americanas para fazer este disco com sua esposa - e tecladista - Elena.
Muitos fãs puristas torcem o nariz para este disco (provavelmente por conta dos integrantes americanos, sei lá), mas o fato é que o disco é excelente, bem gravado, com letras ácidas e irônicas e com músicas maravilhosas, como Over! Over!, The Bad Stuff, Systematic Abuse, Scenario, Coach and Horses, a impagável Insult, além dos clássicos Reformation! e Fall Sound!

-

8. The Wonderful and Frightening World Of... (1984)
Este é o sétimo disco da banda e o último a contar com dois bateristas, pois Paul Hanley deixou a banda logo depois.
Foi o primeiro disco a ser produzido por John Leckie e também o primeiro a ser lançado pelo selo Beggars Banquet (que iria lançar coisas da banda até pelo menos 1988).
Minha preferida deste disco é Oh! Brother.

-

7. Live at the Witch Trials (1979)
Pronto, aqui está o primeiro disco do The Fall.
Foi inteiramente gravado num único dia e inteiramente mixado no dia seguinte. Mesmo assim a gravação é ótima e limpa. 
É o disco em que mais podemos encontrar o som do início punk-rock da banda.
Este é o único disco em que Mark Smith não é o único membro original da banda. 
Enfim, o disco é obrigatório e músicas como Like to Blow, Rebellious Jukebox e No Xmas for John Quays são clássicos absolutos.

-

6. Imperial Wax Solvent (2008)
Este disco traz uma nova leva de músicos britânicos, após a versão The Fall americana do disco Reformation.
Dentre os discos mais recentes, este é o que mais se aproxima da produção lo-fi de outrora, com uma gravação abafada (em comparação com os outros discos do período, claro, pois se compararmos com Dragnet, por exemplo, veremos que Imperial Wax Solvent foi muito bem gravado, hehe).
O disco está cheio de músicas excelentes, são muitos os candidatos a clássicos aqui: 50 Year Old Man, Wolf Kidult Man, I've Been Duped, Can Can Summer, Tommy Shooter, Latch Key Kid e Is This New. Além da versão para Strangetown (da banda The Groundhogs).

-

5. Fall Heads Roll (2005)
O que dizer de um disco que contém uma música como Blindness?! Clássico.
Este disco é lindo em tudo, na escolha do repertório, na gravação, na performance, nas letras, enfim, está tudo ali.
Aqui temos pepitas maravilhosas como Pacifying Joint, What About Us?, Assume, Bo Demmick, Youwanner e Clasp Hands, e a versão para I Can Hear the Grass Grow da banda The Move ficou perfeita.

-

4. This Nation's Saving Grace (1985)
Aqui, tão perto do pódio, fica até difícil conseguir dizer algo...
This Nation's Saving Grace é o segundo álbum produzido por John Leckie e também o segundo lançado pelo selo Beggars Banquet.
Dos três este é o melhor em tudo, simples assim.
Onde mais você poderia encontrar pepitas como Bombast, Spoilt Victorian Child, Couldn't Get Ahead, My New House e I Am Damo Suzuki?

-

3. The Unutterable (2000)
Este álbum foi o segundo seguido com a mesma formação, algo raro em termos de The Fall. Outra coisa é que neste disco não há versão alguma, somente músicas de autoria da banda.
Mas mesmo assim podemos ver influências pelo álbum, como Dr. Buck's Letter (que remete a Bukowski) e Ketamine Sun (Lou Reed).
Foi a partir deste disco que o The Fall deixou a decadência definitivamente pra trás e mostrou que ainda tinha muita lenha pra queimar.
Pepitas fortíssimas podem ser encontradas aqui: Cyber Insekt, Two Librans, Sons of Temperance, Hot Runes, Way Round e Serum.

-

2. Perverted by Language (1983)
O sétimo álbum do The Fall é o meu segundo mais amado.
É o primeiro disco a contar com Brix Smith na formação da banda. O terceiro e último a ser lançado pela Rough Trade.
Ao escutar pela primeira vez Eat Y'self Fitter, numa de suas sessões pela BBC, John Peel disse no ar que durante a música desmaiou e que teve de ser ressuscitado por seu assistente. Depois disso Joh Peel escolheu Eat Y'self Fitter como uma das músicas que ele levaria para uma ilha deserta.
É muito clássico num disco só: Neighbourhood of Infinity, Smile, I Feel Voxish, The Man Whose Head Expanded, Kicker Conspiracy, Ludd Gang e Wings.

-

1. Grotesque (1980)
Pronto, aqui meu preferido dentre todos os álbuns do The Fall: Grotesque (After the Gramme), de 1980; terceiro disco da banda, lançado pelo selo Rough Trade.
Simples: este disco é perfeito - DIY, lo-fi, letras cortantes e certeiras, performance única, inspiração e coragem.

Aqui toda a lista das músicas:
1. Pay Your Rates
2. English Scheme
3. New Face In Hell
4. C 'n' C-S Mithering
5. The Container Drivers
6. Impression Of J Temperance
7. In The Park
8. WMC-Blob 59
9. Gramme Friday
10. The NWRA
Bonus Tracks
11. How I Wrote 'Elastic Man'
12. City Hobgoblins
13. Totally Wired
14. Putta Block
15. Mark E Smith Self-Interview 1980

Pessoal:
Mark E. Smith – vocais, operação de fita, kazoo, guitarra
Marc Riley – guitarra, teclado
Craig Scanlon – guitarra
Steve Hanley – baixo
Paul Hanley – bateria
Kay Carroll – "vocais extra"
Geoff Travis – produção
Grant Showbiz – produção


8 de fevereiro de 2015

Entrevista d'AEdB no Dissonance from Hell



O duo de música experimental A Espiral de Bukowski, que eu faço com a Mariana Cetra, foi entrevistado pelo blog Dissonance From Hell, do Rio de Janeiro.
A entrevista é curta e gostamos muito de responder às perguntas do Jhones Silva. Ele tem um projeto musical chamado God Pussy que eu ainda preciso escutar.

Uma das perguntas era sobre nossas influências e na resposta eu acabei esquecendo de incluir alguém que também influencia bastante AEdB: Max Abate, que nos anos 90 tinha a banda GDE e que hoje toca o selo Plataforma e faz música experimental de primeira como Antoine Trauma.


28 de junho de 2013

Quem quer pagar pra ver show independente em Sao Paulo?

(originalmente postado no facebook)


Quem vai assistir shows em locais como Walden, Casa do Mancha, Serralheria, Hotel Tee, S/A?

Vira e mexe, ao assistir shows maravilhosos (e com publico pagante pequeno demais) no Walden e em outros espaços independentes de São Paulo, fico com aquela sensação de que é um desperdício insistir em oferecer espaço para artistas independentes.

Afinal, de que adianta termos shows maravilhosos para pouquíssimos? Assim quem fecha as contas no fim do mês?

Festivais patrocinados por multinacionais e shows de atrações consagradas pela mídia (com ingressos a preços abusivos) costumam ficar lotados de gente, mas é outra coisa, afinal empresas enfiam dinheiro grosso e distribuem VIPs aos montes, e grande parte desse publico, por sua vez, quer mais é badalação mesmo.

Ao mesmo tempo, tem muita gente querendo ser artista, tem muita gente produzindo.

Todos os dias recebemos emails e mensagens de artistas querendo tocar no Walden.

A primeira impressão é que pouca gente se abre para conhecer o novo, e menos ainda para apreciar o que é feito localmente por quem ainda não é "consagrado" pela mídia.

Sinto falta de mídia comprometida a divulgar e promover a criação independente e local, nem mesmo os blogs (que alias se dizem comprometidos com isso) o fazem.

Nem mesmo os tais artistas vão ver shows de outros artistas na mesma situação que eles.

Desse jeito quem prioriza ver um show sem badalação e sem pagar preços abusivos acaba ficando refém do SESC... E fica por querer, afinal os espaços citados no inicio desta nota continuam insistindo...

Desde 1992 venho atuando no meio DIY. Tocando, escrevendo, produzindo, lançando e agora com o Walden também.

Trabalhei na Inglaterra entre 2009 e 2011 como promoter, técnico de som, tour manager, lancei bandas com meu selo e como musico gravei e fiz shows em cidades do Reino Unido, uma tour norte-americana, uma tour europeia e agora em 2013 uma tour sul-americana.

Pude perceber algumas coisas, diferenças entre o que vi la e o que vejo aqui... Uma dessas coisas que cada vez mais aqui fica mais evidente para mim e' essa vontade desesperada de levar vantagem.

Sim, uma mentalidade onde arte não tem valor, onde arte deve ser de graça ou paga pelos outros e não por mim, e/ou onde arte deve ser pra poucos.

Meia-entrada, VIP, carteirada, amigo-please-libera-ae, marca para depois, desdém, queria-ficar-pra-ver-o(s)-show(s)-mas-preciso-ir etc, a lista vai longe.

A questão aqui é, todo mundo (ou quase) tenta dar um jeito de não pagar, não há a satisfação de colaborar para a estruturação de uma cena ou nem mesmo um circuito.

Lá fora tem mais gente disposta a colaborar, a pagar pra ver, a conhecer o novo sem essa de querer tirar casquinha ou levar vantagem. Por isso que funciona melhor, afinal assim se torna possível oferecer preços mais justos etc.

Espera, os shows de que estou falando aqui custam entre R$ 10,00 e R$ 25,00 em media, e mesmo assim a 'galera' não paga, haha. As vezes ate de graça não lota.

Custo a acreditar que uma cidade como São Paulo não tenha um publico interessado para esse segmento.

Outra coisa, lá fora o interesse maior é na musica, aqui vejo uma porção de panelinhas que não se mistura. Isso quando não é pior, isto é, aquele boicote velado...

Fazer musica e consumir musica deveria ser o interesse primeiro e maior.

17 de setembro de 2009

My 104 favorite albums

I preferred not to repeat artists, even if there are other albums by some of these artists that should be on the list as well.

  1. The Smiths - Hatful of Hallow
  2. The Velvet Underground and Nico
  3. Durutti Column - LC
  4. Sonic Youth - Sister
  5. New Order - Low Life
  6. Beatles - Revolver
  7. The Fall - Bend Sinister
  8. Helmet - Strap It On
  9. Legiao Urbana - Dois
  10. Nick Drake - Bryter Later

  11. VA - Clube da Esquina
  12. VA - Trojan Dub
  13. Pixies - Surfer Rosa
  14. Sergio Mendes - Bossa Nova York
  15. Stereolab - Cobra and Phases Group Play Voltage in the Milky Night
  16. Thelonious Monk - Brilliant Corners
  17. Beach Boys - Pet Sounds
  18. My Bloody Valentine - Ecstasy and Wine
  19. Chopin - Nocturnes
  20. Kraftwerk - Kraftwerk 1
  21. Joao Gilberto - Chega De Saudade
  22. Perturbazione - In Circolo
  23. Lou Reed & John Cale - Songs For Drella
  24. The Modern Lovers
  25. Os Mutantes - Mutantes
  26. Ministry - The Mind Is A Terrible Thing To Taste
  27. Harold Budd and Cocteau Twins - The Moon And The Melodies
  28. Bob Dylan - Greatest Hits
  29. Yo La Tengo - I Can Hear The Heart Beating As One
  30. Lemonheads - It's A Shame About Ray
  31. Morrissey - Bona Drag
  32. Stooges - Fun House
  33. Jesus and Mary Chain - Stoned & Dethroned
  34. Novos Baianos - Acabou Chorare
  35. Portishead - Dummy
  36. The Cure - Desintegration
  37. Pavement - Slanted and Enchanted
  38. David Bowie - Pin Ups
  39. Nirvana - In Utero
  40. The Sundays - Reading Writing and Arithmetic
  41. Jorge Ben - Samba Esquema Novo
  42. Wilco - Yankee Hotel Foxtrot
  43. Verdena - Requiem
  44. Beck - Odelay
  45. Flaming Lips - Soft Bulletin
  46. Artemoltobuffa - L'aria Misteriosa
  47. Beulah - Yoko
  48. Blueboy - Unisex
  49. Ira! - Psicoacustica
  50. Nico - Chelsea Girl
  51. Pink Floyd - Relics
  52. Ultraje a Rigor - Vamos Invadir Sua Praia
  53. Byrds - Mr Tambourine Man
  54. Belle & Sebastian - Tigermilk
  55. Loop - A Guilded Eternity
  56. Black Sabbath - Paranoid
  57. Von Südenfed - Tromatic Reflexxions
  58. Sepultura - Roots
  59. Teenage Fanclub - Bandwagonesque
  60. Chemical Brothers - Exit Planet Dust
  61. Racionais MCs - Sobrevivendo No Inferno
  62. The Sea and Cake - One Bedroom
  63. Chico Science & Nação Zumbi - Da Lama Ao Caos
  64. Brian Eno - Another Green World
  65. Swervedriver - Raise
  66. Fellini - Amor Louco
  67. The Clash - London Calling
  68. Magic Crayon - s/t
  69. Johnny Cash - The Legend
  70. Neu!
  71. Specials
  72. Animal Collective - Feels
  73. Ride - Nowhere
  74. MC5 - Kick Out the Jams
  75. Beastie Boys - Ill Communication
  76. Spiritualized - Ladies and Gentlemen We Are Floating in Space
  77. Jimi Hendrix - Are You Experienced?
  78. Cartola
  79. The Russian Futurists - Me Myself & Rye...
  80. Avalanches - Since I Left You
  81. Violeta de Outono
  82. B-52's - Wild Planet
  83. Titãs - Cabeça Dinousauro
  84. A Certain Ratio -The Graveyard and the Ballroom
  85. Guided by Voices - Human Amusements at Hourly Rates
  86. The Stone Roses
  87. Hacia Dos Veranos
  88. Roberto Carlos - Em Ritmo de Aventura
  89. Grandaddy - The Sophtware Slump
  90. Il Teatro degli Orrori - A Sangue Freddo
  91. Modest Mouse - This Is a Long Drive for Someone with Nothing to Think About
  92. Magnetic Fields - The Wayward Bus/Plastic Trees
  93. Morphine - Yes
  94. Rein Sanction - Broc's Cabin
  95. Rocketship - A Certain Smile, A Certain Sadness
  96. Radiohead - In Rainbows
  97. Television - Marquee Moon
  98. Neil Young - Everybody Knows This Is Nowhere
  99. Roni Size - New Forms
  100. Pin Ups - Time Will Burn
  101. The Drums 
  102. Nicola Conte - Jet Sounds
  103. Broadcast - Tender Buttons
  104. Dinosaur Jr - Green Mind

18 de março de 2009

Keyboard, in fourteen acts

Act 1:
http://cgi.ebay.co.uk/ws/eBayISAPI.dll?ViewItem&item=130284615499
I am the buyer, waldenbarin, and the seller is 888bart.

Act 2:
I won the bidding. Just £ 10.50, a bargain! I paid straightway. The thing is I just forgot to see it was a pick up only item, that is no postage was fixed, I should go to Malvern, Worcestershire, to collect the keyboard. I live in Hove.
I wrote to 888bart asking if he could post the keyboard to me anyhow, explaining that I live in Hove and that I forgot to see it was a pick up only item, I made clear that I knew it was my fault. And I wrote that if he couldn't, ok, no problem at all, I just would ask some directions and his address.

Act 3:
He wrote "hi, to long for standard parcel force. delivery by business post (fed-ex) £37.76. i'm sure this would be cheaper than travelling to me to get it, but it's up to you. let me know asap regards 888bart"
-
Humn, if I could catch funfares with National Express I could spend less than £37 to go there and pick up the keyboard...
And I had just received another keyboard I bought through ebay, paying £15 for the postage (with, imagine, standard parcel force, and this other keyboard was coming from Denbighshire, North Wales!).

Act 4:
Ok, I think I can take something good out of it.
It will be good to have a day out, I saw Malven is not so far from Tanworth-in-Arden, and I always wanted to go to Nick Drake's home town. When I told about this Nick Drake thing, my son got excited to go with me and this only made me sure and decided to go.
So I wrote to 888bart that I would go there and pick up the keyboard.

Act 5:
He was almost unfriendly, but no worries. He gave us the keyboard without any packing. The keyboard was dirty. And there was no power supply.
On ebay the Description was clear:
"Seller assumes all responsibility for listing this item. Casio CTK 511 keyboard, includes folding adjustable height stand and power supply, 94cm x 37cm approx, buyer to collect."
I asked about the power supply then and he told me he forgot it elsewhere and that he would be sending it to me.
I said ok.

Act 6:
After two weeks I was still waiting for the power supply.
So I wrote to him again:
"Hi, I am still waiting for the power supply. Regards"

Act 7:
There's no act 7, just silence.
Two more weeks waiting...

Act 8:
From waldenbarin to 888bart:
"Ok, if you don't post the power supply until next Friday I will report this item as "not as described". This is your last chance to get a positive feedback from me about this transaction and this is your last chance to conclude this transaction in a honest way. Regards."

Act 9:
From 888bart to waldenbarin:
"i posted the power supply a few days after you picked up the keyboard. i can only conclude that it is lost in the post. i will buy another and post it on to you. please mail your address again as i thought this sale was concluded. regards bart"

Act 10:
From waldenbarin to 888bart:
"I am sorry the power supply you say you posted may be lost in the post, I think you really should complain about this to the post. But I wrote to you saying that I was still waiting for the power supply. I didn't get any response from you. My address is .... And believe me, I wish this transaction could be concluded weeks ago, and in a much more positive way, after all I paid you very quickly and I was there to collect the item with all its accessories as scheduled. Regards."

Act 11:
888bart didn't respond again, waldenbarin reported it to PayPal.

Act 12:
from 888bart to waldenbarin:
"i purchased a brand new power supply on saturday. i am posting today so you will recieve it in the next few days. first one has obviously been lost in the postal system. the new supply cost me £12.99 so i have lost money on the whole deal. At the end of the day you have a working keyboard and stand for £10. dispute with paypal needs to be removed as you will recieve power supply soon. i suggest when you have got all the kit you go back to the revolting 3rd world country you have come from and play it.
ungratefull fool"

Act 13:
from waldenbarin to 888bart:
"Thank you for posting the power supply, I will certainly remove the dispute with PayPal when I will receive it. I wish I could have had it before so I could have at least turned on the keyboard but that's ok, no worries anymore. So you've got almost 100 stars on Ebay and you don't know how it works yet... Humn, let me tell you, sometimes you earn good money, sometimes you don't, that's it. And you should be "ungrateful" to the British post system, not (to) me, after all you've just needed to buy a new power supply because the one you sent to me was lost (by them), is that right? The taxi driver who took me to your house told me that Malvern was a place full of racist people, I didn't want to believe... I could say to you I lost lots of money "on the whole deal", because I spent £ 10.50 for the keyboard and I paid to go there and collect it, but as I had told you, I used this as an opportunity to travel, to know a little of the Midlands... And it was good, as I had a day out with my son. But I must say, even if you tried to smile to me, I saw something hostile/threatening in your eyes. Well, I was born in Brazil, a 3rd world country (by the way, what an old definition... so cold war...) but not revolting (at least not yet), but I was born from an Italian family and that means I am an Italian citizen too. So I am sorry for you but I think I am going to play here in the UK for a while. Ah, I've came from Italy, which is not a 3rd world country I suppose, where I lived for many years. And please, keep your xenophobic suggestions for yourself or at least for you and NF-minded people. There's always time to reflect and reconsider about things in life, everyone of us has made a mistake or two in life, no one is perfect, I hope you reflect about this power supply story, and maybe one day you will be able to realize we're all the same old homo sapiens... Have a good day."

Act 14:
888bart didn't respond, of course.
But waldenbarin finally received the power supply (which looked whatever you could think of except 'brand new').
So the dispute on PayPal was closed...

4 de março de 2009

La tastiera di Drake

Oh Inghilterra! Terra del rock, del multiculturalismo, della guida a sinistra, delle unità di misura particolari, e appunto dei social benefits.
Io, immigrante, venuto dall’Italia, ero alquanto sbalordito.

Il gruppo aveva bisogno di una tastiera.
A dire il vero, pure di qualcuno per suonarla, ma andava bene anche la sola tastiera, poiché le nostre ambizioni per il suo uso erano molto ristrette – noi volevamo un suono molto semplice, lo-fi; cioè, perfino mia moglie – che tastierista non è – potrebbe suonarla, eventualmente.
Dunque mi sono messo a cercarla (la tastiera) un po’ dappertutto.

Belli furono i pomeriggi passati con Una e Beacon, violinista e bassista del gruppo, camminando per St James Street, di negozio in negozio, in cerca di una tastiera decente – cioè, non un giocatolo né una power-station di quelle da astronauti, a buon prezzo. Volevo una tastiera vintage, ma non volevo spendere molto, quindi l’idea era prendere una Casiotone degli anni 80.

Dopo un po’ di ricerche improduttive ho dovuto cambiare strategia, puntando su ebay.
Tra le altre c’era un’asta per una tastiera normale, di quelle degli anni 90, con tanto di demo songs ecc.
L’ho vinta, l’asta.
Per 10 carte.
Ecco, facile così.

Beh, ma lo sbronzanato qui non aveva visto che la spedizione non era prevista, quindi dovevo ritirare la merce a Malvern, paese vicino Birmingham, lontano quasi 400 km da Hove, dove abito io.
Mi era già successo in precedenza, quando mi serviva un monitor, di distribuire offerte in diverse aste e alla fine vincerne qualche in più del necessario… Ma delle altre tastiere che ho comprato in quest’occasione non ne parlo ora.

Già, pensa te, pagare 10 carte per una tastiera e tipo 70 per andare a prenderla…
Ovvio a dirsi, mi è venuto in mente che con 80 carte avrei potuto comprare qualcosa di meglio.
Dunque ho cominciato a pianificare il viaggio, cercando una data e un tragitto; e con gli occhi su Google Maps e National….co.uk ho notato due cose:
1 – Le opzioni di collegamento (trasporto pubblico) tra Hove e Malvern sono scarse e irregolari;
2 – Malvern si trova non tanto lontano da Tanworth-in Arden, paesino delle Midlands che ha dato al mondo il cantautore Nick Drake (e che oggi custodisce le sue spoglie).

Beh, nessuno mi pare contesti la nazionalità inglese di Drake, anche se lui, infatti, è nato in Asia, più precisamente in Birmania. Così come mi pare poco probabile che Italo Calvino sia considerato Cubano e non italiano. O possiamo andare anche oltre, parlando di John Fante, di cui l’italianità viene oggi conclamata da non pochi.
Invece non proprio tutti considerano italiani i tanti discendenti dei non pochissimi poveri emigranti che lasciarono l’Italia in cerca di una vita migliore in altri (e lontani) posti (Sudamerica nel caso dei miei nonni); discendenti questi che oggi fanno la chiamata emigrazione di ritorno, cioè lasciando il luogo di nascita per provare a vivere nel luogo di origine della famiglia.

Va bene, succede che ho deciso di concretizzare il sogno di conoscere il paese di Drake, di vedere la sua casa e la sua tomba, lì dietro la chiesa.
L’acquisto di uno strumento per il gruppo è diventato un viaggio all’insegna della contemplazione.