Mostrando postagens com marcador Literatura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Literatura. Mostrar todas as postagens

3 de março de 2015

Dois textos meus em ótimos websites

Dois textos meus foram publicados recentemente na internet.

Um deles chama "A imprensa e o papel das mídias no Brasil" e foi publicado ontem no site Pragmatismo Político.
É um texto sobre política e sobre comunicação e imprensa.



O outro é o texto de estreia da coluna cosmoPOPlitan e foi publicado agora há pouco no site Floga-se.
É um texto sobre música (e política também).

27 de julho de 2011

Books along the way

Now I'm in a small and rough room of a tenement on the back of a poor restaurant, some blocks away the bus station, which is located in the outskirts of the extremely hot and strange city of Porto Velho, in the Brazilian Amazonia. 

Tomorrow I'll catch a plane to Manaus, my last destination before coming back to São Paulo in order to settle for a while...

On this series of travels through Europe, North and South America, from the end of November 2010 to the beginning of August 2011, mostly after I definitely quit my job in Brighton in January 2011, I have been reading books while traveling, as usual, for I love reading...

Since I was changing my life, when I started these travels, leaving behind a failed marriage/family, I decided to sell out everything I could, and to give away what I couldn't sell...
I forgot to advertise my books, so I decided to bring some of them with me...

When I finished reading one of them, I just gave it away to someone along the way, a host, a friend or anyone I had just met and thought deserved the book!

Here goes the list with the books and where I left them behind!
I hope their new owners enjoy them as much or more than I did!
:)

Glasgow (Feb/2011)
Our Band Could Be Your Life - Michael Azerrad
The Yage Letters - Allen Ginsberg and William Burroughs
City - Alessandro Baricco

Brighton (February)
Uptight: The Velvet Underground Story - Victor Bockris and Gerard Malanga
And the Hippos were Boiled in Their Tanks - Jack Kerouac and William S. Burroughs
Pé na Estrada - Jack Kerouac
Renegade: The lives and tales of Mark E. Smith
Desobediência Civil - Henry David Thoreau

New Jersey (March)
Martin Eden - Jack London
I took with me Gilson's Siddartha - Hermann Hesse

Philadelphia (April)
Taccuini di un Vecchio Sporcaccione - Charles Bukowski

Athens (April)
The Fall - Albert Camus

New Orleans (April)
Siddartha - Hermann Hesse

Austin (April)
The Wall - Jean-Paul Sartre

Ciudad de Mexico (April)
Down the Highway: The Life of Bob Dylan - Howard Sounes

Merida (April)
La Confraternita dell'Uva - John Fante

Monterrey (April)
The Road - Jack London

San Diego (April)
A Idade da Razão - JP Sartre
I took with me two books by Henry Rollins from the trash can of Raul's punk neighbor.

Memphis (April)
Le Belle Immagini - Simone de Beauvoir

Toronto (April)
The First Four - Henry Rollins

New York (April)
Walking - HD Thoreau

Bogota (May)
The Outsider - A. Camus

Sao Paulo (May)
As Cidades Invisiveis - Italo Calvino
I bought A Sul de Lugar Algum - C. Bukowski in a newsstand.

Curitiba (May)
I bought at the bakery near Neri's:
Viajante Solitário - Jack Kerouac
1933 Foi um Ano Ruim - John Fante Verdes
Vales do Fim do Mundo - Antonio Bivar Tristessa - J. Kerouac

Blumenau (May)
A Sul de Lugar Algum - C. Bukowski

Porto Alegre (May)
Numa Noite de Inverno um Viajante - Italo Calvino

Montevideo (May)
As Cidades Invisíveis - I. Calvino

Buenos Aires (June)
The Critique of Pure Reason - I. Kant

Santiago (June)
Nossa Senhora das Flores - Jean Genet

Ciudad Del Leste (June)
Razor's Edge - WS Maugham

Cusco (July)
Viajante Solitário - Jack Kerouac

Brasileia (July)
1933 Foi um Ano Ruim - John Fante

Manaus (August)
Tristessa - J Kerouac
Verdes Vales do Fim do Mundo - Antonio Bivar

9 de fevereiro de 2011

Yeah Medeiros

Pessoas com vidas interessantes não têm fricote. Elas trocam de cidade. Investem em projetos sem garantia. Pedem demissão sem ter outro emprego em vista. Aceitam um convite para fazer o que nunca fizeram. Começam do zero inúmeras vezes. Sobem no palco, fazem loucuras por amor, compram passagens só de ida. ...Para os rotuladores de plantão, um bando de inconseqüentes.
(Martha Medeiros)

--

People with interesting lives have no frills. They go to live in other cities. Invest in projects without recourse. Ask for dismissal without having another job in sight. Accept an invitation to do what they never did. Start from scratch many times. They climb on stage, do crazy things for love, buy one-way tickets. ... for the labelers on call, just a bunch of inconsequentials.
(Martha Medeiros)

--

Persone con una vita interessante non si fanno problemi. Vanno a vivere in altre città. Investono in progetti senza garanzie. Si licenziano senza un altro lavoro in vista. Accettano un invito a fare ciò che non hanno mai fatto. Ripartono da zero molte volte. Salgono sul palco, fanno cose folli per amore, acquistano biglietti di sola andata. ... per le etichettatrici su chiamata, solo un mucchio di inconseguenti.
(Martha Medeiros)

9 de novembro de 2010

Oh Pablo!



Those who do not turn things on their head, who are unhappy at work, who do not risk certainty for uncertainty, thus to follow a dream, those who do not forego sound advice at least once in their lives, die slowly.

Those who do not travel, who do not read, who do not listen to music, who do not find grace in themselves, die slowly.

Those who slowly destroy their own self-esteem, who do not allow themselves to be helped, who spend days on end complaining about their bad luck, about the rain that never stops, die slowly.

Those who abandon a project before starting it, who fail to ask questions about subjects they don’t know, those who don’t reply when they are asked something they do know, die slowly.

Let’s try and avoid death in small doses, reminding ourselves that being alive requires an effort far greater than the simple fact of breathing.

--

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. 

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. 

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. 

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. 

Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. 

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

--

Lentamente muore chi non capovolge il tavolo, chi e' infelice sul lavoro, chi non rischia la certezza per l'incertezza per inseguire un sogno, chi non si permette almeno una volta nella vita di fuggire ai consigli sensati.

Lentamente muore chi non viaggia, chi non legge, chi non ascolta musica, chi non trova grazia in se stesso.
Muore lentamente chi distrugge l'amor proprio, chi non si lascia aiutare; chi passa i giorni a lamentarsi della propria sfortuna o della pioggia incessante.

Lentamente muore chi abbandona un progetto prima di iniziarlo, chi non fa domande sugli argomenti che non conosce, chi non risponde quando gli chiedono qualcosa che conosce.

Evitiamo la morte a piccole dosi, ricordando sempre che essere vivo richiede uno sforzo di gran lunga maggiore del semplice fatto di respirare.

--

Muere lentamente quien no voltea la mesa cuando está infeliz en el trabajo, quien no arriesga lo cierto por lo incierto para ir detrás de un sueño, quien no se permite por lo menos una vez en la vida, huir de los consejos sensatos.

Muere lentamente quien no viaja, quien no lee, quien no oye música, quien no encuentra gracia en sí mismo.

Muere lentamente quien destruye su amor propio, quien no se deja ayudar.

Muere lentamente, quien pasa los días quejándose de su mala suerte o de la lluvia incesante.

Muere lentamente, quien abandona un proyecto antes de iniciarlo, no preguntando de un asunto que desconoce o no respondiendo cuando le indagan sobre algo que sabe.

Evitemos la muerte en suaves cuotas, recordando siempre que estar vivo exige un esfuerzo mucho mayor que el simple hecho de respirar.

20 de março de 2009

Incidente!

(originalmente postado no blog 360 Graus)

O bronco do meu autor bateu o carro hoje.
Tonto, agora vai ter que morrer com uma grana pra arrumar o carro, trocar farol, para-choques, capo...
Tudo por causa da mania estùpida dele de acelerar em demasia antes de subir rampas.

Ele atualmente està trabalhando num hipermercado. Aqui na regiao hà 3 hipermercados da mesma rede. No que ele trabalha tem uma rampa que começa reta e quase là em cima aparece uma curva. Por ele ter que subir a tal rampa todo dia, ele acabou se acostumando...

Hoje ele foi com sua garota e seu filho num dos outros dois hipermercados da mesma rede, para fazer compras.
Como estava chovendo pra burro, ele preferiu deixar o carro no estacionamento subterraneo. Feitas as compras, la-la-la, hora de ir embora. Ja estava de noite, faltava uma hora para o inìcio do seu turno de trabalho (no outro).

Deu a partida e foi saindo. Ao visualizar a rampa de saìda do estacionamento subterraneo, nao deu outra, acelerou. Mais do que deveria.
A rampa desse hipermercado era diferente daquela que ele subia e descia todo dia.
Como a visibilidade estava reduzida, e como o chao estava liso por causa da chuva, e, principalmente, como o abobado acelerou demais, ele nao teve tempo de perceber que aquela rampa nao era feita em linha reta. Logo no inìcio dela tinha uma curva nervosa.
Quando ele percebeu, jà estava em cima, o carro ja entrou na rampa arregaçando o para-choque dianteiro (aliàs, os amortecedores..., tadinhos), ele pisou no freio, virou o volante e tudo, mas o muro foi mais ele. Hehe.

A viagem que ele estava planejando?
Haha, o funileiro é que vai poder fazer, com o que vai ganhar para arrumar o estrago.

Primeira batida, que beleza.
E sozinho, na garagem do mercado.
Pfff.

3 de agosto de 2002

Hey, você conhece Henry David Thoreau ?




Desde que eu assistí o filme Sociedade dos Poetas Mortos, esse cara me influencia muito.



Thoreau nasceu em 12 de julho de 1817 (de origem escocesa e francesa) em Concord, cidade próxima a Boston no estado de Massachussets, EUA, e lá viveu a maior parte de sua vida.
Foi freqüentemente visto por admiradores, amigos e inimigos como um rebelde marcado por hábitos excêntricos. Nos textos de Thoureau (seus dois escritos mais célebres são "Walden" (1854) e "A Desobediência Civil" (1849)), contudo, esse individualismo rebelde não deve ser entendido em termos de uma postura excêntrica e meramente negadora.
Trata-se antes do individualismo entendido no contexto do movimento literário conhecido como o "Transcendentalismo Romântico" norte-americano, caracterizado não apenas pela ênfase romântica no sentimento individual mais do que na razão, mas principalmente por uma postura política progressiva preocupada com reformas sociais e políticas a serem levadas a cabo a partir do indivíduo e não a partir do grupo social.

A experiência individual descrita em Walden deriva da decisão de Thoureau de viver isoladamente, de 4 de julho de 1945 a 6 de setembro de 1847, em uma cabana construída por ele mesmo às margens do Lago Walden, nas proximidades de Concord.
O que seria visto, para muitos de seus contemporâneos, como nada mais do que a excentricidade de um eremita fugindo do social significaria, para Thoureau, a oportunidade para uma reflexão radical sobre o sentido de viver bem a vida humana em um momento histórico marcado pelos confortos e desconfortos de uma sociedade capitalista em fase de rápida urbanização e industrialização.
É em meio a essa experiência de vida bem equilibrada nos arredores da lagoa de Walden que Thoureau vivencia ainda o episódio de vida pessoal motivador do que é o seu texto mais celebrado: "A Desobediência Civil".
Em uma tarde de 23 ou 24 de Julho de 1846, Thoureau recebe a visita do coletor de impostos e acaba sendo aprisionado quando se recusa a pagar o tributo devido.
Sai da cadeia, no dia seguinte, quando um benfeitor ou benfeitora (provavelmente sua tia Maria) paga a dívida exigida por lei.
Explicitar as razões que o levaram a não pagar impostos é o problema central tratado no ensaio.
Para Thoureau, pagar os impostos seria um ato imoral porque significaria contribuir com um governo que patrocinava empreitadas injustas e desumanas como o projeto escravocrata e a guerra imperialista contra o México.
Nesse contexto, como Thoureau argumenta em seu ensaio, uma minoria correta formada por uma só pessoa já é uma maioria moral, e se o Estado e o consenso majoritário decidem julgar como fora-da-lei e colocar na cadeia essa minoria moral e correta, então é justamente a cadeia que se torna o lugar adequado para os homens honestos.
Na antiga Grécia, por exemplo, a crença em uma ética individual alternativa não impediu Sócrates de submeter-se ao julgamento do Estado que o condenaria não, como no caso de Thoureau, a uma noite na cadeia, mas à morte por envenenamento.
E o líder nacionalista indiano, Mahatma Gandhi, tendo lido o texto de Thoureau em uma cadeia em Pretória, reconheceu a sua importância para o desenvolvimento de suas próprias idéias e da prática revolucionária conhecida como "resistência passiva".

Escritor de textos hoje considerados clássicos, Thoureau não obteve de seus contemporâneos o reconhecimento devido, seria entendido por muitos de seus contemporâneos mais como idealizador de vadiagem e fuga ao trabalho do que como defensor de um estilo de bem viver; e a proposta de desobediência civil mais como a irresponsabilidade egocêntrica de alguém que quer separar-se do Estado do que como contribuição para o bem público e social. Seus livros e escritos tiveram parca repercussão: conseguiu publicar, em vida, apenas dois livros (Walden, em 1854; Uma Semana nos rios Concord e Merrimack, em 1849).
Em oito anos, os editores conseguiram vender apenas duas mil cópias de Walden, e de Uma Semana nos Rios foram vendidas duzentas cópias.
As cópias restantes foram devolvidas ao autor, o que o levou a registrar em seu diário que "já tinha em sua biblioteca cerca de novecentos volumes", tendo ele mesmo "escrito a maior parte deles".

A posteridade faria melhor julgamento do rebelde norte-americano: seus textos são hoje mais lidos e conhecidos do que os de seu mestre, Ralph Waldo Emerson, considerado o fundador do Movimento Transcendentalista.
E a "A Desobediência Civil", longe de ter sua importância reconhecida apenas por Gandhi e Martin Luther King, Jr, continua não apenas a ser lido e traduzido, mas também lembrado freqüentemente cada vez que se repetem formas de lutas contra o poder estabelecido, como é o caso dos "sit-ins" (protestos de ocupação em que manifestantes ocupam um local público e se recusam a sair), dos "teach-ins"(assembléias universitárias para a discussão de temas polêmicos), das manifestações e passeatas de protesto, dos movimentos pelas liberdades civis, e das greves de qualquer natureza.

Thoreau morreu de tuberculose em 6 de maio de 1862, em Concord, Massachusetts.

(texto adaptado de http://www.ufrgs.br/cdrom/thoreau)



Seus textos e sua vida demonstram que você só precisa ser você mesmo. E ser feliz por isso. Uma eterna busca por conhecimento e sensações aliada a uma vontade de apreciar o que de bom está a nossa volta em forma de "preguiça comtemplativa".
Yeah.

Alguns links para pesquisa:
:: Instituto Henry David Thoreau [>]
:: The Thoreau Institute at Walden Woods [>]
:: Thoreau Related Sites [>]
:: Henry David Thoreau (1817-1862) [>]

soundtrack: Grandaddy, Zanin, Dinosaur Jr e American Analog Set